Foi realizado nos dias 24 e 25 de março o Torneio Internacional de Calais na França, que para Delphine Ledoux faz parte de sua preparação para Londres e para as demais ginastas individuais uma oportunidade de ganhar experiência internacional, testar suas séries.
Representando o continente americano apenas Estados Unidos e Canadá que enviaram ginastas Junior e Senior, sendo que Jasmine Kerber conseguiu o terceiro lugar dentre as 19 ginastas do adulto.
Resultados:
Adulto
1 LEDOUX Delphine FRA Arco:27.975 Bola:27.400 Maças:27.775 Fita: 28.250 T-111.400
2 NAZARENKOVA Elizaveta RUS Arco:27.625 Bola:27.775 Maças:27.125 Fita:25.625 T- 108.150
3 KERBER Jasmine USA Arco:26.250 Bola:26.275 Maças:25.250 Fitas:25.425 T.103.20
Este fim de semana aconteceu a etapa Ucraniana da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, mas conhecida como Deriugina Cup. Composições novas, outras nem tanto apenas algumas modificações, mas o que marcou neste fim de semana foi comprovar que sim em certos momentos e com algumas ginastas voltei a sentir aquela GR feita para entrar para história e não apenas uma fábrica de medalhas e ginastas passageiras...
Um exemplo disso: Búlgária
Conjuntos lindos!!! Que em Londres farão público, treinadores, entusiastas perderem os cabelos, afinal quem falhar pode dar adeus. As técnicas estão mostrando como fazer melhorias, inovações e tirar o máximo de suas selecionadas. Bulgária foi a única que fez reais e grandes mudanças tanto na música como nas composições.Bielorrússia voltou com tudo, com originalidades que andavam um pouco sumidos. Itália, com suas músicas fortes, composições que fazem você saltar do sofá e uma agilidade que é peculiar a esta Squadra, mas as mesmas no ano passado. Ucrânia está aí, seus conjuntos tem bons momentos, o misto é meu favorito, mais ainda falta muito pra chegar entre o top five, pecisam inovar um pouco mais, o meu: (Espanha, Bulgária, Rússia, Itália e Bielorrússia), não nesta ordem ou qualquer outra, são apenas meus países favoritos em conjunto.
Resultados dos Conjuntos:
Geral
Itália - 55.900
Bielorrússia - 54.300
Bulgária e Ucrânia empatadas em terceiro - 52.525
Podium Geral
Bola
Bielorrússia
Bulgária
Itália e Ucrânia
Conjunto da Bulgária
Arcos e Fitas
Bielorrússia
Ucrânia
Itália
Maksimenko
Já nos individuais, Dimitrieva foi o destaque, seguida das ucranianas no geral. Já nas finais por aparelho muitos erros, podium variado. As russas tem uma briga interna muito forte para as duas vagas em Londres, mas Dimitrieva precisa ser mais regular para ter chances de brigar com Kondakova pela vaga, já que acho que Kanaeva só não vai se acontecer uma lesão muito grave o que espero não ocorra.
Geral
Dimitrieva (RUS) 115.675
Maksmenko (UKR) 113.650
Rizatdinova (UKR) 110.950
Mitrosz (POL) 110.025
Dimitrieva
Unica Brasileira Eliane Sampaio de volta as competições individuais, terminou em 29 com: 97.025
O que sempre é um show a parte na Deriugina CUP são as Galas! E este ano fizeram uma volta ao passado trazendo as grandes para comemorar os 80 anos de Madame Albina Deriugina. Vitrichenko, Godunko, Bessonova, senti a ausência de Serebrianskaya, mas foram apresentação lindas carregadas de fortes emoções.
Como estamos em tempo de Deriugina Cup em Kiev na Ucrânia, nada melhor que uma entrevista dada por Bessonova, uma das maiores ginastas da história que hoje tenta encontrar seu caminho longe das competições!
Anna Bessonova: “Eu quero tantas crianças quanto possível para o desporto”
-Anna, dois anos se passaram desde o momento em que você decidiu encerrar sua carreira de ginasta. O que você esta fazendo agora?
* Eu acho que durante esses dois anos finalmente percebi o que quero fazer na minha vida. No inicio, eu tentei em varias partes, televisão, jornalismo e em projetos de entretenimento variados. Antes, eu não tinha tempo para pensar sobre essas coisas. No entanto, por fim eu voltei as minhas raízes – a ginástica rítmica. Eu simplesmente entendi que meu coração fica com o esporte. Agora eu sou treinadora de meninas na escola Deriugina que se tornou minha outra casa há muito tempo.
- Como foi difícil encerrar sua carreira? Quanto tempo você pensou sobre essa decisão?
* Eu realmente queria terminar minha carreira imediatamente após os Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim, mas aconteceu no ano seguinte, continuei a participar ativamente e ganhei medalha no Campeonato Mundial. Depois disso, eu finalmente coloquei na minha mente – é hora de ir. Eu acho que isso deve ser feito com dignidade quando você esta em sua melhor forma, de modo que os fãs vão lembrar do seu melhor, e não quando você não é capaz de executar bem.
- Como você lidou com isso?
* Eu ainda me coloco nele (o esporte). Mas, graças a Deus, agora tenho uma vida ocupada que não me deixa tempo para o tédio. Eu ainda continuo a desempenhar um pouco, entrar em contato com meu querido público, colegas e treinadores. A Ginástica Rítmica é ainda uma das primeiras prioridades na minha vida. E isso é muito importante por que eu não me sinto esquecida e perdida.
- Depois que sua carreira de ginasta terminou, você fez muito sucesso na dança, tornando-se vencedora no programa de TV “Dança para mim”?
* Muitas pessoas disseram que Bessonova foi injustamente convidada para este projeto, por que supostamente já sabe tudo. Eles previram a minha vitoria. Acredite em mim, na Ginástica Rítmica tudo é diferente. A única vantagem que eu tive, é a minha forma física. Eu tinha acabado de voltar da Copa do Mundo. E então eu, como todos os outros participantes do show, estudei tudo de novo. Havia ferimentos e lagrimas. Às vezes me parecia que não poderíamos chegar à final. De qualquer maneira, foi uma experiência inesquecível.
- Anna, você participou de uma sessão de fotos da revista masculina “XXL”. Alguma vez você pensou na carreira de modelo?
* Não. Eu não levo essas coisas a serio. Claro, é bom quando eles fazem você parecer irreconhecível, e eu não vou rejeitar essas propostas no futuro. Mas não posso chamá-lo de emprego.
- Quais são as ambições de Anna Bessonova técnica?
* É muito cedo para dizer. Afinal, eu estou trabalhando com meninas muito jovens. Ainda tenho muito que aprender, e estou feliz por poder entender esta ciência e poder trabalhar sob a orientação das principais especialistas neste campo – Albina e Irina Deriugina. Como no momento em que eu era uma ginasta, eu tento lembrar e tomar nota de tudo o que estou ensinando – é uma experiência inestimável.
- Você ganhou todo o possível na Ginástica Rítmica mundial. O único titulo que não teve foi o de campeã olímpica...
* Claro que eu gostaria de ter o ouro olímpico. Mas após os Jogos Olímpicos em Pequim, fiquei com a impressão de que já tenho. Não importa que eu tenha me tornado oficialmente medalha de bronze.O trabalho colossal que foi feito de preparação para as Olimpíadas e tudo o que eu tinha experimentado diretamente durante a competição, me dá razão para estar orgulhosa de mim mesma.
- O julgamento na ginástica sempre foi alvo de muitas criticas desfavoráveis. De fato, as notas neste esporte são muito subjetivas. Alguma vez você foi ferida pelos juízes?
* Claro, houve momentos em que eu estava muito decepcionada. No começo eu estava muito preocupada e querendo desistir do esporte. É um insulto quando você tiver feito uma quantidade tremenda de trabalho, treinado apesar da dor e desconforto e, como resultado, você percebe que tudo foi decidido já em algum lugar no topo. Graças a Deus, Albina e Irina Ivanova Nikolayevna estavam sempre por dentro, o que me confortou e ensinou a não desanimar. Eu ajustei-me para poder apresentar ao publico que sempre me apoiava, à minha família e amigos, e para os meus treinadores. Se você não pode mudar a situação, devemos aprender a gostar de suas coisas favoritas.
- Quem pode tomar o lugar de destaque na Ginástica Rítmica Ucraniana depois de sua saída?
* No momento, a número um da equipe é Alina Maksimenko que tem excelentes perspectivas para crescer e se tornar uma ginasta excelente. Ela é jovem e o publico realmente a ama, o que é importante em nosso esporte. Nós todos esperamos que ela tenha bastante força e confiança, e será capaz de manter e até ultrapassar as credenciais que ela já tem. Além de Alina, temos Rizatdinova, Anna Victoria e Victoria Shinkarenko Mazur, que também são muito promissores.
- Ano passado, os usuários da rede de web-site Sports bigmir.net, votou em você como atleta mais bonita do mundo. Nesta enquete, você está à frente de Anna Kournikova, Magdalena Neuer, Alina Kabaeva e muitas outras atletas. Qual é o segredo de sua beleza, Anna?
* Não há segredo. Esta nos genes! (Risos). Tenho vergonha de admitir isso, mas eu nunca tenho mantido qualquer dieta e não faço isso agora. Exercícios regulares me ajudam a manter minha boa forma física.
- Como é o futebol em particular para você?
* Futebol está no meu sangue, ele flui dentro de mim! (Risos). Desde minha infância e eu ainda amo o futebol. Meu pai e eu muitas vezes discutimos as partidas e, até mesmo fazemos apostas entre nós em um jogo particular.
- Você tem um time favorito?
* Além da equipe Nacional da Ucrânia e de Kiev, o Dínamo, eu sou fã da Seleção Espanhola.
- O que você acha que a Euro 2012 pode trazer para a Ucrânia?
* Não há dúvida de que este é um evento muito importante para este país. Eu acredito muito que o Campeonato da Europa, acima de tudo, proporcionar um poderoso incentivo para as crianças ucranianas para ir para o esporte. Exatamente, uma nação saudável é uma garantia de prosperidade de qualquer nação.
- Anna, como você imagina o futuro NSC “Olympivsky”?
* Eu adoraria que o estádio seja um lugar para toda a família. Você deve ser capaz de chegar ao estádio com seu filho e não sentir o desconforto de se aproximar de alguns fãs que são particularmente turbulentos.
- NCS “Olympivsky”está planejando abrir uma escola infantil de desenvolvimento. Como você se sente sobre a idéia de cooperação com a escola?
* Eu tenho duas mãos “para”! Agora eu passo as minhas aulas de mestre em todo o mundo, e eu não quero só demonstrar minhas habilidades, mas também dizer o quão bonito é o esporte e o que poderia dar a uma criança.
- E no final da nossa conversa, eu gostaria de saber quais os planos de Anna Bessonova para o futuro.
* Como era antes, o esporte ainda é uma das prioridades na minha vida. Agora estou participando de vários projetos sociais que tentam atrais crianças para atividades esportivas e protegê-las da influencia perniciosa das ruas. Acredito que se qualquer criança, pelo menos, ouve o meu conselho, eu realizo a minha missão por uma boa razão.
Neska Robeva, a mulher que revolucionou a Ginástica Rítmica, não é santa nem perfeita, mas fez história. Sempre será lembrada por suas composições maravilhosas, por músicas extremamente apuradas e por alardear ao mundo a importância de um treinamento completo, de ganhar mais que medalhas, ganhar o público, sair ovacionada do Ginásio em qualquer parte do globo. Uma boa técnica de GR pelo menos já ouviu falar desta mulher inovadora, mas as Grandes já estudaram seu trabalho a fundo!
Barbara Laffranchi, a técnica que revolucionou a modalidade em nosso país, inicialmente no individual, mas foi com o conjunto que Barbara colocou o Brasil entre os grandes com composições ousadas, músicas fortes e coreografias dinâmicas.
Ambas merecem um post separado e logo aparecerá por aqui, por hoje elas exemplificam mulheres que fizeram história neste esporte tão maravilhoso!
Feliz Dia Internacional das Mulheres!!!!
Beijos y hasta la vista!
Mesmo nos piores momentos onde você não tem uma saída... eis que surge uma mão amiga! Pras pessoas que acham que vale tudo por uma medalha e esquecem que o que fica mesmo, são os grande momentos e as grandes ações!!!
Daria Kondakova além de grande ginasta foi na World Cup de Kalamata em 2010 um ser humano incrível, pois quando viu o estilete quebrado de Melitina Staniouta, não pensou meia vez e jogou sua fita na quadra para que ela pudesse terminar sua série.
As vezes algumas pessoas esquecem que mesmo juvenis ou adultas o que motiva essas ginastas é mostrar suas séries ao público! Bravo para as duas!!!
Lori Fung... para muitos um nome desconhecido, mas... Este é o nome da primeira campeã Olímpica de Ginástica Rítmica, e não ela não é de algum país asiático não, ela é Canadense. Ela nasceu em Vancouver e começou na Ginástica Artstica, mas aos 13 anos resolveu mudar para a Ginástica Rítmica.
Foi campeã Canadense e número 23 do mundo e com a certeza da inclusão da GR nos Jogos Olímpicos a partir de Los Angeles 1984, continuou seus estudos por correspondência para poder se dedicar 100% aos treinamentos.
Devido ao boicote dos países do bloco soviético aos Jogos, Lori Fung conseguiu superar, Romenas, Alemãs, Espanholas, Japonesas.. e conquistou o ouro Olímpico.
Lori se retirou das competições em 1988,logo após ser incluída no Hall da Fama do Canadá honraria que poucos atletas conseguem. Atualmente ela é Técnica de Ginástica Rítmica em Vancouver e membro do Comitê técnico da equipe Canadense.
Em 1999 ela recebeu da Federação Internacional de Ginástica sua inclusão no Hall da Fama, honraria que apenas mais três ginastas rítmicas possuem.
Com Lori Fung dou inicio as Olímpicas! Ginastas que fizeram história por sua participação, superação e louros Olímpicos!
Vou começar essa "Tag" com a Lorena Nabanete dos Reis, ex-ginasta, hoje mestra em Educação Física, professora da Universidade Federal do Ceará e uma eterna apaixonada pela Ginástica em toda sua essência, e que mesmo com tantos obstáculos no caminho da vida, não se deixou levar pelos " e se", seguiu em frente, realizou, realiza e tenho certeza que seguira trilhando caminhos e descobertas os inesquecíveis e maravilhosas!
Conheci Lorena quando estudava na Universidade Estadual de Maringá e digo que ela foi a pessoa que me fez enxergar a GR de uma maneira que entraria no meu sangue e se tornaria mais que uma profissão, a minha inspiração de vida! A família de Lo me adotou por um ano e nesse período eu pude descobrir como a Ginástica Rítmica tem o poder de transformar as pessoas, como que ao assistir aos mesmos vídeos dezenas de vezes e sempre parecer como se fosse a primeira vez, como não se deixar desanimar mesmo naqueles momentos que nada dá certo, abrir as portas de sua casa e sua vida para alguém sem pedir referências anteriores...
Lorena foi daquelas ginastas que praticava o esporte por amor e lutava para descobrir o novo e desfrutava cada segundo de suas séries.
Desfrutem!
Por quantos anos você praticou a Ginástica Rítmica?
- Contando desde a iniciação até a época que tive que parar foram 9 anos, um pouco mais.
Quais foram as suas maiores dificuldades ?
- Olhando para trás, hoje vejo que as dificuldades que eu julgava realmente complicadas, não foram tanto assim. Acredito que para qualquer ginasta que tem dificuldades com exercícios de flexibilidade, que não tem uma pré disposição para esse tipo de exercícios, sofra um pouco com dor durante toda sua vida de ginasta. Mas no fundo, isso sempre foi um desafio. Apesar de ter essa dificuldade, eu tive algumas facilidades em outros aspectos, que sempre foram reconhecidos por minha técnica Ieda Parra Barbosa Rinaldi, que por sinal soube muito bem como nos mostrar o valor que cada uma tinha para a equipe. Acho que posso dizer que a maior dificuldade que tive, foi a minha retirada do esporte, já que acabei parando em decorrência de uma lesão do cérebro que descoordenou parte de meu corpo por algum tempo. Senti que foi algo que talvez eu não fizesse naquele momento, mas que a própria vida tratou de traçar os rumos. Talvez isso tenha me ajudado a seguir nessa carreira de professora.
Quais foram as suas maiores alegrias?
- Sem dúvida alguma, o reconhecimento. Seja em forma de uma medalha, um elogio, uma palavra, um abraço. Isso sempre me fez muito bem. Mas a maior alegria que a ginástica pode ter me proporcionado durante toda a minha vida, são as minhas grandes amigas, que carrego até hoje, como se o tempo não tivesse passado, como se a distância e a vida de gente grande não fizesse diferença. Isso fez toda a diferença.
Você tinha alguma superstição?
- Não. Nunca fui de ficar muito ansiosa com as competições, então acho que isso ajudava um pouco a não recorrer às superstições.
O que mais te motivava a torcida a favor ou a torcida contra?
- Com certeza a torcida a favor.O que mais me motivava era ouvir o aplauso do público. Percebo hoje, que o que eu fazia, era pra que as pessoas se apaixonassem pela ginástica como eu era apaixonada. Que elas quisessem me assistir porque aquilo era bonito, porque aquela música que escolhi tocava de alguma forma cada um que estava ali, porque cada movimento era pensado em surpreender e agradar as pessoas. A torcida contra nunca me incomodou.
Você mudaria alguma coisa na sua carreira desportiva?
- De forma alguma. TUDO que vivi foi muito importante pra eu me tornar a pessoa que sou hoje. Desde receber uma medalha tão esperada, de levar um tombo na série, de perder o arco naquela final, de passar os feriados e férias treinando, de abrir mão de muita coisa, até as lesões, foram importantes nesse processo. Sempre tive boas orientações na minha carreira e por isso, sei que cada momento me trouxe lições de vida e hoje consigo enxergar o real papel que a ginástica teve na minha vida.
Uma boa técnica é aquela que...
- Consegue encontrar na sua ginasta de onde vem a sua vontade de treinar, que consegue mostrar tudo o que ela tem de bom, que apoia quando é necessário, que exige o que for preciso para colher o melhor, que dê colo quando achar que deve, mas saiba a hora da bronca. Mas além disso, acima de tudo saiba ver a menina, a criança, a mulher que tem por perto e saiba o valor que essa pessoa tem para o seu trabalho, para a sua vida.
Sentido horário: Jogos de pijaminha, Trenzinho na night, Olímpiadas Internas Regina Mundi, Primeira apresentação de Ginástica Rítmica em Mato Grosso, Pós Festival de GR.
Se você pudesse trocar de lugar com uma ginasta por um dia, qual seria?
- Não consigo me imaginar como outra pessoa... Mas pensando na ginasta e em seu potencial em fazer algo que considero louvável, que sempre teve o carinho e admiração do público, apesar de não estar nas primeiras colocações, foi Teodora Alexandrova. Ela levantava o ginásio com seus giros, sua agilidade em geral e seu manejo de material excelente, sem contar que suas séries sempre nos revelava a música, todos os detalhes da música apareciam por meio de seus movimentos, linda!
Você acha que as amizades dentro do ginásio são prejudiciais ao rendimento da equipe, ou a competitividade é sadia?
- Desde que haja um ambiente de respeito entre ginastas, técnicos, regras de convivência dentro do grupo, as amizades de forma alguma prejudica o rendimento da equipe. Você ter pessoas nas quais você confia ao redor, só podem te impulsionar a crescer dentro do esporte. A competitividade é natural do ser humano, ela acaba aparecendo em uma equipe, mas acredito que ela não deva ser incentivada de forma que os valores de respeito e amizade que criam uma boa convivência em grupo fiquem em segundo plano.
Você teve muitas lesões, se sim em qual (s) partes do corpo?
- Tive uma lesão mais grave que foi uma distensão muscular na perna, que me incomodou por um tempo, mas tomei os cuidados necessários e consegui uma boa recuperação.
Vale tudo por um resultado?
- Não. Um resultado é momentâneo, passageiro e muito pequeno frente a toda uma vida. Vale todo o esforço, todo o treino, todo o cansaço, todo o choro por um resultado, mas nunca vale passar por cima de seus princípios, desviar o seu caráter e a sua ética por um resultado. Jogando limpo com os outros e consigo mesma, muita coisa vale!
E muito complicado administrar os sentimentos quando você termina sua carreira como atleta e inicia outros projetos?
- Como eu já disse, essa talvez tenha sido um dos momentos mais difíceis da minha carreira, o fim. Você se ver fora da quadra, não mais realizando aquelas funções de antes, sem ter a rotina do treino, te mostra que algo novo está por vir e tudo que é novo assusta. A ginástica rítmica é algo que você se apaixona de uma forma, que qualquer relação com ela acaba tendo que permanecer na sua vida. Na minha, veio na profissão. Sempre acreditei que seria treinadora e esse realmente foi meu primeiro papel fora da vida de ginasta. Aquilo de alguma forma me mantinha no mesmo pique de antes, na mesma rotina, me fez aprender muito. Mas hoje percebo que foi apenas uma passagem que me levou para a minha real vocação que é lecionar no ensino superior, claro, na área da ginástica. Toda passagem ensina, toda mudança faz crescer. Os sentimentos só ficam um pouco confusos nessas fases, mas logo resolvem se mostrar de verdade e tudo fica claro.
Qual o momento ou série que você vai levar por toda a vida?
- Despedida de Almudena Cid, nas Olimpíadas de Pequim. Que momento lindo... De se emocionar fácil. É muito bom ver que alguém faz o que faz por amor de verdade.
Você pratica algum esporte hoje em dia?
- Coordeno um projeto na Universidade Federal do Ceará, de Ginástica Geral. Temos um grupo voltado para a formação inicial e continuada de acadêmicos e profissionais de educação física. Funciona com vivências práticas de diversas manifestações gímnicas e dessa forma ainda consigo praticar um pouquinho. Acho que a ginástica nunca vai sair de mim e vice-versa!
Qual mensagem você deixa para as meninas que amam este esporte
- Que vivam o presente com toda intensidade. Cada momento dessa carreira tem sua beleza, tem sua lição e deve ser guardado com carinho, pois todos eles representam a sua busca pelo sonho de ser uma grande ginasta.
De todo meu coração obrigada por tudo!!!!!
E depois de uma estréia mara com a Lo, podem esperar entrevistas com técnicas, ginastas, ex-ginastas, árbitros e pessoas que contribuíram e seguem contribuindo para que esse esporte siga crescendo cada vez mais!!!
Essa série de 5 fitas do conjunto da Rússia no Miss Valentine em 2007, é de tirar o sono... afinal é o pior pesadelo se tornando realidade de uma vez só, mas elas mostram que conhecem a música e a série muito bem!
